segunda-feira, 15 de outubro de 2007
A empresa ArcelorMittal Tubarão e a redução das emissões de CO2
A ArcelorMittal Tubarão possui uma orientação estratégica de reforçar seu compromisso com os princípios de melhores práticas de Sustentabilidade como diferencial competitivo. Aliada a esse conceito, a ArcelorMittal Tubarão busca o desenvolvimento de ações que empregam tecnologias limpas voltadas para a redução das emissões de CO2, participando do esforço mundial de minimizar a tendência de aquecimento global decorrente do aumento do efeito estufa.
Dentre as estratégias estabelecidas no Protocolo de Kyoto para a redução mundial das emissões de CO2, está o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), instrumento que permite uma interação entre os países desenvolvidos (denominados Anexo 1) e os países em desenvolvimento (denominados não Anexo 1) para a obtenção de Créditos Carbono, gerados em função da redução dos gases responsáveis pelo efeito estufa.
Dessa forma, seguindo a estratégia definida pelo Protocolo de Kyoto, a ArcelorMittal Tubarão desenvolveu um projeto de MDL denominado "Otimização e Co-geração de Energia Elétrica", cujo conteúdo básico encontra-se no Project Design Document (PDD). O projeto envolve a Central Termelétrica 4 (CTE), que permite a geração de energia elétrica utilizando como combustíveis os gases de Aciaria - LDG.
Desde fevereiro de 2007, a ArcelorMittal Tubarão já pode obter a Redução Certificada de Emissões (RCE), conhecidas como certificados de créditos de carbono. Trata-se do primeiro projeto de MDL para geração de crédito de carbono do setor siderúrgico integrado em âmbito mundial validado e registrado no Comitê Executivo das Nações Unidas (UNFCCC).
A diminuição do consumo interno e a disponibilização de excedentes de energia por conta dessa iniciativa, devem contribuir para que não sejam emitidas, em dez anos, aproximadamente 430 mil toneladas de CO2 com a redução nas emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE). Os gases da Aciaria são reaproveitados desde Setembro de 2004, quando passaram a ser utilizados nas quatro centrais termelétricas da ArcelorMittal Tubarão, que possuem uma capacidade instalada de 286 MW, proporcionando assim a manutenção da , auto-suficiência em energia elétrica. A questão ambiental e a industrial não são antagônicas. Pelo contrário: ao se integrar o sistema de gestão ambiental ao produtivo é possível obter um dos menores custos de produção do mundo.
Outro projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ArcelorMittal Tubarão é o Terminal de Barcaças Orceânicas (TBO), que iniciou as operações em setembro do ano passado, em Vitória. Resultado de um investimento de R$ 15 milhões, o TBO foi construído para o transporte marítimo de 1,1 milhão de toneladas anuais de bobinas a quente para a ArcelorMittal Vega, em Santa Catarina.
Quatro barcaças estão em operação por meio do sistema de cabotagem, transportando o equivalente a 110 caminhões (por dia), carregados por cerca de 1170 quilômetros entre as cidades de Vitória (ES) e São Francisco do Sul (SC). Já foram transportada para ArcelorMittal Vega cerca de 250 mil toneladas de bobinas, média de 60 mil toneladas mensais. Em 2007, o número deve chegar a 80 mil toneladas por mês até São Francisco do Sul, onde está sendo estruturado um terminal para recebimento da carga. Por enquanto, o desembarque das BQs é feito no Porto de Itajaí e as bobinas são transportadas pelos 96 km de rodovia até o município.
O deslocamento da carga via transporte marítimo vai contribuir para a redução das emissões de GEE provenientes do consumo de combustíveis dos caminhões, que deixarão de circular nas estradas brasileiras. O transporte pelas barcaças oceânicas também vai gerar uma economia de 60% em relação ao modal rodoviário. A estimativa é que sejam geradas 840 mil toneladas de créditos de carbono nos próximos sete anos.
O projeto está diretamente inserido no Planejamento Estratégico da ArcelorMittal Tubarão, cuja gestão corporativa na área ambiental avalia e analisa novos investimentos, levando-se em consideração não apenas os riscos, as oportunidades e a legislação ambiental, como também assegura a melhoria contínua dos processos, proporcionando a redução ou eliminação dos impactos ambientais.
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