quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vasinhos para flores com garrafa pet



Você pode fazer lindo vasinhos para flores utilizando garrafas pet. Dá um charme na decoração e o meio ambiente agradece.

Material Utilizado:
Garrafa Pet
Cola branca
Papel alumínio (Marmita)
Sisal
Betume da judéia
Verniz fosco
Tinta relevo squizz nas cores preta e ouro
Tesoura
Frigideira

Passo a passo:

01. Recorte o gargalo da garrafa.

02. Para não deixar rebarbas, aqueça a frigideira e enconste a boca da garrafa, fazendo movimentos circulares (de leve) para que as bordas enrolem para dentro.

03. Utilizando o pincél, aplique uma boa camada de cola em toda a parte inferior da garrafa. Antes que a cola seque, abra o papel alumínio (marmita) e posicione a garrafa no meio.



04. Cole o alumínio na garrafa, tomando cuidado para que fique bem aderido e sem bolhas de ar.



05. Agora passe mais um pouco de cola na garrafa, para colar o sisal. Preste atenção no posicionamento do fio para que ele não escape. Passe a cola em toda a extensão onde será passado o sisal. Coloque a ponta no meio e suba com o fio para começar a enrolar pela parte de cima.



06. Passe um pouco de cola no alumínio para fazer o acabamento. Continue a enrolar o fio de sisal sobre o alumínio. Corte o fio e empurre a ponta por baixo da última volta utilizando a tesoura.



07. Aplique cola por cima do sisal para que ele fique bem grudadinho e impermeabilizado.

08. Pinte o alumínio com o betume da judéia, com o auxílio de um paninho de algodão retire o excesso da tinta.



09. Aplique o verniz em todo o restante da garrafa para dar o efeito de jateado fosco.



10. Para dar o toque final, decore com as tintas squizz preta e dourada, fazendo desenhos de acordo com sua criatividade.

Espere secar e está pronto o seu vasinho de flores feito com garrafa pet reciclada.

Petição - Para impedir a extição das baleias em massa

Conseguiremos impedir a extinção em massa?

Acabei de assinar uma petição urgente global de apoio de um novo tratado para evitar a extinção em massa. A petição será entregue sexta-feira às negociações da ONU no Japão - confira o e-mail abaixo e assinar aqui:
http://www.avaaz.org/po/o_fim_das_baleias/98.php?CLICKTF
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Caros amigos,
Hoje existem apenas 300 baleias francas do atlântico norte e 99% das baleias azuis já foram eliminadas. Estes majestosos gigantes estão ameaçadas de extinção e seu caso está sendo usado como exemplo repetidamente. Mas na realidade, um terço de todas as formas de vida no planeta estão à beira da extinção.
O mundo natural está sendo esmagado pela atividade humana, poluição e exploração. Mas existe um plano para salvá-lo - um acordo mundial para criar, financiar e implementar áreas protegidas cobrindo 20% das nossas terras e mares até 2020. Agora mesmo, 193 governos estão reunidos no Japão para enfrentar esta crise.
Nós só temos 3 dias até o fim desta reunião crucial. Especialistas dizem que os políticos estão hesitantes em adotar um objetivo tão ambicioso, mas que um clamor público mundial poderá fazer a diferença, mostrando aos governantes que os olhos do mundo estão sobre eles. Clique para assinar a petição urgente e encaminhe este email amplamente - a mensagem será entregue diretamente para a reunião no Japão:
http://www.avaaz.org/po/o_fim_das_baleias/98.php?CLICKTF
Ironicamente 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade. Os nossos governos já deveriam estar caminhando para "uma redução significativa da taxa atual da perda da biodiversidade". Eles falharam repetidamente, cedendo para a indústria e trocando assim a proteção das espécies por lucros limitados. Nossos animais, plantas, oceanos, florestas, solos e rios estão sufocando sob fardos imensos de super-exploração e outras pressões.
Os seres humanos são a principal causa desta destruição. Mas podemos reverter a situação - já salvamos espécies da extinção antes. As causas do declínio da biodiversidade são vastas e salvá-la vai exigir uma guinada das promessas vagas, sem clareza de quem financia a proteção, para um plano ousado, com fiscalização rigorosa e financiamento sério. O plano de 20/20 é justamente isto: os governos serão forçados a executar programas rigorosos para garantir que 20% das nossas terras sejam protegidas até 2020, e para isso aumentar drasticamente o financiamento.
Tem que ser agora. Em todo o mundo o quadro está cada vez mais sombrio - há apenas 3.200 tigres na natureza, os peixes dos oceanos estão se esgotando e nós estamos perdendo fontes de alimentos ricos para a monocultura. A natureza é resistente, mas temos que prover espaços seguros para ela se recuperar. É por isso que esta reunião é fundamental - é um momento decisivo para acelerar ações baseadas em compromissos claros para proteger nossos recursos naturais.
Se os nossos governos sentirem a pressão esmagadora do público para serem corajosos nós podemos convencê-los a aderirem ao plano de 20/20 nesta reunião. Mas para isto vamos precisar que cada um de nós que está recebendo esta mensagem, faça-a ecoar até chegar na convenção no Japão. Assine esta petição urgente abaixo e depois encaminhe-a amplamente:
http://www.avaaz.org/po/o_fim_das_baleias/98.php?CLICKTF
Este ano os membros da Avaaz tiveram um papel fundamental na proteção dos elefantes, defendendo a proibição da caça às baleias, e garantindo a maior Reserva Marinha do mundo nas Ilhas Chagos. Nossa comunidade tem mostrado que podemos definir objectivos ambiciosos - e vencer. Esta campanha é a próxima etapa na batalha essencial para criar o mundo que a maioria de nós em todos os lugares querem - onde os recursos naturais e das espécies são valorizados e o nosso planeta está protegido para as futuras gerações.
http://www.avaaz.org/po/o_fim_das_baleias/98.php?CLICKTF
Com esperança,
Alice, Iain, Emma, Ricken, Paula, Benjamin, Mia, David, Graziela, Ben, eo resto da equipe da Avaaz

A baleia jubarte não aguenta tanto sofrimento e morre

A baleia que estava encalhada há dois dias na praia de Geribá, em Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, e morreu no início desta quarta-feira (27) será levada para um aterro sanitário. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Pesca de Búzios, o corpo da baleia deverá ser cortado para facilitar o transporte do animal, da espécie jubarte, com cerca de 12 metros e 25 toneladas.
Normalmente, segundo a secretaria, o animal seria enterrado na própria praia. Mas como seria necessário cavar muito fundo haveria o risco de a carcaça da baleia ficar próxima do lençol freático e contaminar a água usada na região. Numa cova mais rasa, a baleia poderia ser descoberta pelas marés e ficar apodrecendo na praia, explicou a secretária Adriana Saad, que tomou a decisão em conjunto com os especialistas.
O local onde a baleia morreu está resguardado por dois bombeiros, que aguardam a chegada de tapumes para cercar o animal para que os técnicos possam começar a cortar o animal sem chocar as pessoas que estão na praia. Os restos da baleia serão então colocados em caminhões e levados para um aterro sanitário.
A secretária Adriana Saad acredita que o trabalho será todo concluído ainda nesta quarta-feira.
Baleia encalhada em Búzios
Bombeiros passaram a tarde de terça-feira (27) tentando desencalhar baleia na Praia de Geribá, em Búzios (Foto: Reuters)
Segundo o veterinário Milton Marcondes, diretor de pesquisa do Instituto Baleia Jubarte, que vinha acompanhando a tentativa de salvamento do animal, a baleia entrou em choque, seguido por uma convulsão e morreu por volta de 0h30 desta quarta, frustrando a operação do Corpo de Bombeiros, que pretendia devolver o animal ao mar nas primeiras horas da manhã desta quarta.
"Quando a maré baixou que ele ficou inteirinho no seco, a respiração dele ficou muito mais comprometida. Ele já estava com os órgãos sendo comprimidos desde o começo do encalhe, na segunda-feira, e ele acabou entrando em convulsão e vindo a óbito por volta da meia-noite e meia", explicou Marcondes.
Um rebocador cedido pela Petrobras chegou à praia na tarde desta terça-feira (26) e seria usado na operação de resgate. De acordo com informações dos bombeiros do município, a embarcação estava a 1,6 mil metros da praia e pronto para iniciar o desencalhe. O animal, que estava amarrado por cordas e posicionado de frente para o mar, seria puxado assim que a maré subisse durante a madrugada.
Cerca de 300 pessoas acompanharam o trabalho dos bombeiros, entre moradores da região e turistas. Apesar da chuva e do frio, voluntários passaram a madrugada desta terça acampados na praia, para monitorar as condições do animal. “Quando a maré secou muito, a baleia ficou ressecada. A gente teve que ficar se revezando para lançar água com baldes. Foi o suficiente para mantê-la viva.
De acordo com biólogos, o animal estaria voltando do Nordeste brasileiro, rumo à região da Antártida, depois do ciclo reprodutivo. Em cerca de dez horas, foram pelo menos cinco tentativas de resgate, sem sucesso.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A luta continua - Baleia Jubarte encalhada em Búzios

A primeira tentativa sem sucesso.



Navio rebocador

Essa foi a hora que arrebentou a corda.
Ontem à tarde  aqui em Búzios, uma baleia jubarte de aproximadamente  12 metros de comprimento e 25 toneladas encalha na praia de Geribá. Pela noite pude acompanhar o sofrimento do animal, por volta das 22:00 horas a maré estava muito baixa. Para manter a temperatura do corpo da baleia, nós moradores, turistas, salva vidas e bombeiros se revisaram para hidrata la. Durante a madruga, em baixo de chuva forte e relampagos muitos voluntarios acamparam na praia, preocupados  com a saúde da baleia. Hoje por volta das 16:00 horas o navio rebocador começou o salvamento, mas infelizmente as 18:00 horas na primeira tentativa a corda arrembentou e a maré começou a baixar.Uma nova tentativa será realizada as 3 horas da madrugada. Esta é a sétima baleia que encalha no estado do Rio de Janeiro,e este ano 89 baleias já encalharam na costa brasileira. No ano passado foram 30, segundo dados da Instituição Baleia Jubarte.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O pior vazamento de óleo da história dos Estados Unidos


New Orleans (AE) - O petróleo parou de vazar e a maior parte das áreas costeiras do Golfo do México está livre da espessa camada de sujeira que passou meses sendo levada pelas ondas, mas não há dúvida de que os efeitos do pior vazamento de óleo da história dos Estados Unidos ainda serão sentidos durante muitos anos. Seis meses depois da explosão da plataforma Deepwater Horizon, em 20 de abril, o ambiente e a economia de todo o norte do Golfo do México continuam a enfrentar os efeitos da incerteza, que dissemina o desânimo, arruína os meios de sustento da população local, deixa os pescadores sem trabalho e afasta os turistas - e isso sem contar os danos ao mar e à costa.
Pode demorar muitos anos até que os efeitos do derramamento sejam totalmente compreendidos. Os cientistas ainda não sabem ao certo nem ao menos de que forma o vazamento de 780 milhões de litros do poço operado pela British Petroleum (BP) - dos quais 643 milhões ficaram no Golfo do México - afetará a vida das plantas e dos animais marinhos que habitam um dos mais diversificados ecossistemas aquáticos do planeta.

“Há muita coisa que já está começando a se revelar”, observou Steve Murawski, cientista da Agência de Pesquisa Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos. “Mas ainda vai precisar de um tempo para que tenhamos uma perspectiva mais ampla da situação.”

Murawski acredita que os cientistas passarão anos estudando a região, como aconteceu depois do desastre ambiental envolvendo o Exxon Valdez, ocorrido em 1989 no Alasca. E o vazamento do Exxon Valdez foi proporcionalmente bem menor, em comparação com o da BP. “Certamente viveremos com isso durante décadas”, declarou.

Os cenários apocalípticos temidos nos piores dias do derramamento não se concretizaram e a maior parte do petróleo evaporou ou dispersou-se, os pântanos voltaram à vida e o número de animais mortos encontrado foi bem inferior ao esperado. Mesmo assim, essas boas notícias não escondem temores de que o país talvez esteja mudando o foco prematuramente, na crença de que não seriam possíveis mais danos em decorrência do desastre ambiental. “Posso dizer com honestidade que estou muito pessimista com relação a isso”, diz Byron Encalade, presidente da Associação de Ostreicultores da Louisiana. “Não temos nem ao menos uma avaliação completa dos danos nem de quanto tempo será necessário para arrumá-los. É disso que a gente vive. Não temos a quem recorrer”.

Passados seis meses do desastre, o governo norte-americano já reabriu cerca de 90% das águas do litoral para a pesca e assegura que os frutos do mar extraídos das áreas recém-reabertas estão bons para o consumo. Mas a indústria comercial de pesca sofre agora de um problema agudo de imagem. Os carregamentos da camarões e de peixes estão saindo, mas os processadores desses alimentos têm-se deparado com a fraca demanda de um público desconfiado.

Existe óleo abaixo da superfície

O governo norte-americano afirma que a maior parte do óleo do Golfo do México já desapareceu. Mas pesquisadores independentes têm encontrado quantidade significativa de petróleo abaixo da superfície marinha, inclusive no leito oceânico. Eles temem que esse óleo que não se dissipou venha a afetar espécies da base da cadeia alimentar das espécies marinhas, o que interferirá na taxa de reprodução de peixes como o atum azul, que habitou a região do vazamento durante a época de procriação.

O óleo ainda está grudado nas areias das praias ao longo da costa norte-americana e ainda torna imprópria grande parte da orla da Louisiana. Os pântanos da Baía de Barataria - onde há viveiros produtivos de camarões e de ostras e lugar que dá abrigo a milhares de espécies de aves marinhas e pássaros migratórios - ainda estão imundos.

Um fundo de compensação de US$ 20 bilhões criado pela BP liberou até o momento cerca de US$ 1,5 bilhão para empresários e pescadores afetados por um verão de baixa receita. Apesar disso, muitos deles ainda esperam pelas reparações e encontram bastante dificuldade para pagar suas contas. A BP estará sujeita a bilhões de dólares em multas assim que a análise dos danos for concluída.

Enquanto isso, seis meses depois da maior catástrofe ambiental da história recente dos Estados Unidos, a indústria da exploração de petróleo e gás em águas profundas passa por mudanças. O governo norte-americano impôs rapidamente novas regras para a exploração depois da explosão da plataforma Deepwater Horizon, na qual morreram 11 trabalhadores e que deu início ao derramamento.

Uma moratória à exploração de poços em águas profundas no Golfo do México foi levantada há pouco tempo, mas não sem antes as companhias responsáveis pelas plataformas terem sido obrigadas a atender a normas mais rigorosas para poder voltar a operar.

O risco de uma nova catástrofe no futuro persiste porém, uma vez que as petrolíferas continuam a perfurar em águas profundas apesar de ainda não terem aplicado novas medidas de segurança - como melhores sistemas de vedação ou a realização de testes e análises para detectar perigo de explosão - que poderão evitar acidentes no futuro.

Água para 123 milhões de brasileiros depende da Mata Atlântica

Um dos conjuntos de ecossistemas mais ameaçados do mundo, bioma apresenta alto índice de destruição, inferior apenas ao das florestas quase extintas da Ilha de Madagascar. Mas ainda é uma das regiões do mundo mais ricas em diversidade biológica.

A Mata Atlântica apresenta hoje a área de vegetação nativa brasileira mais devastada do País. Reduzida a apenas 27% de sua cobertura original, ainda é uma das regiões do mundo mais ricas em diversidade biológica, embora dados apresentados pela SOS Mata Atlântica assegurem que apenas 7,26% de seus remanescentes permanecem bem conservados.
Sua manutenção e preservação deixou de ser uma prioridade restrita aos ambientalistas. Agora, depende do envolvimento de todos os setores produtivos, econômicos e sociais do Brasil, uma vez que em seus limites vivem 123 milhões de pessoas - 67% de toda a população brasileira.
Esse número expressivo de habitantes necessita da preservação dos remanescentes de vegetação nativa, dos quais depende o fluxo de mananciais de águas que abastecem pequenas e grandes cidades.
As áreas de cobertura vegetal nativa que ainda restam prestam serviços ambientais importantes, como a proteção de mananciais hídricos, a contenção de encostas, a temperatura do solo e a regulação do clima, já que regiões arborizadas podem reduzir a temperatura em até 2º C.
Segundo um estudo da entidade WWF, mais de 30% das 105 maiores cidades do mundo dependem de unidades de conservação para garantir seu abastecimento de água. As matas ciliares, nome dado ao conjunto de vegetação localizada às margens dos cursos de água, foram avaliadas como comprometidas na Mata Atlântica. São fundamentais para a proteção e preservação da diversidade da flora e fauna, pois além de evitar o agravamento de secas e o aumento das enchentes, também funcionam como corredores para que animais e sementes possam transitar entre as áreas protegidas e garantir a alimentação e variabilidade genética das mais diferentes espécies.
As áreas bem conservadas e grandes o suficiente para garantir a biodiversidade e manutenção da Mata Atlântica a longo prazo não chegam a 8% de sua cobertura vegetal original. A região continua a sofrer sérias ameaças, que podem se agravar caso o Código Florestal brasileiro sofra alterações que não garantam a utilização responsável e sustentável de seus recursos naturais.
Além de reduzidos, os remanescentes estão fragmentados e se distribuem de maneira não uniforme ao longo do território, fator que compromete a perpetuidade de espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção.
Hotspot - Especialistas estimam que a Mata Atlântica, considerada um hotspot (área prioritária para conservação, com alta biodiversidade e endemismo e ameaçada no mais alto grau) possua mais de 20.000 espécies de plantas, aproximadamente 35% de toda a flora existente no País.
Segundo dados da Conservação Internacional (CI), trata-se do hotspot número 1 entre as regiões monitoradas em todo o mundo. Levantamentos indicam que sua área abriga 849 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis , 270 espécies de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes. Outro dado alarmante: das 472 espécies ameaçadas de extinção em todo o território nacional, 276 (mais de 50%) estão na região.
"As ações de proteção do MMA direcionadas à Mata Atlântica incluem o aperfeiçoamento da legislação, com a aprovação da Lei da Mata Atlântica e a instituição de projetos e programas de conservação e recuperação de mata nativa", afirma o coordenador do núcleo Mata Atlântica do MMA, Wigold Schaffer. "Também envolvem o monitoramente e fiscalização dos desmatamentos e queimadas, a criação e implementação de unidades de conservação e a ampliação de parcerias com instituições públicas e privadas da sociedade civil."
Considerada por especialistas como um avanço na legislação ambiental brasileira, a Lei da Mata Atlântica (nº 11.428/2006) e sua regulamentação possuem regras claras e incentivos para que a conservação, proteção, regeneração e utilização sustentável de seus componentes sejam implementadas.
Schaffer explica que uma das principais metas do Governo Federal é transformar pelo menos 10% da área total da região em unidades de conservação (UCs) de proteção integral e uso sustentável. Atualmente, existem 123 UCs federais e 225 estaduais na Mata Atlântica, o que resulta em quase 1,7 milhão de hectares transformados em áreas de proteção integral (3%) e pouco mais de 2 milhões de hectares de áreas de uso sustentável.
Ameaça - Dentre as espécies de flora ameaçadas em seus limites, destacam-se o pau-brasil, araucária, palmito-juçara, jequitibá, jaborandi, jacarandá e imbuia, além de orquídeas e bromélias.
Com relação à fauna, das 202 espécies de animais consideradas oficialmente ameaçadas de extinção no País, 171 eram da Mata Atlântica. Das 20 espécies de répteis ameaçadas no Brasil, 13 ocorrem neste bioma. Entre os animais terrestres que ocorrem na região sob alto risco de extinção, 185 são vertebrados (quase 70% do total ameaçado no Brasil), entre eles 118 aves, 16 anfíbios, 38 mamíferos e 13 répteis.
Alguns deles ficaram bastante conhecidos após campanhas de preservação, como o mico-leão-de-cara-dourada, mico-leão-da-cara-preta, a saíra-sete-cores, papagaio-da-cara-roxa e o tatu-bola.
Além da perda de hábitat, as espécies da Mata Atlântica são vítimas do tráfico de animais, comércio ilegal que movimenta no mundo US$ 10 bilhões por ano.
Fatores de perda - Entre os fatores de destruição da vegetação nativa da Mata Atlântica constam a expansão da pecuária bovina, a implantação de monoculturas agrícolas, o reflorestamento com espécies exóticas, a abertura de novas fronteiras de agricultura e de ferrovias e rodovias sem estratégias sustentáveis.
O avanço desordenado das cidades, empreendimentos e grandes obras de infraestrutura, bem como a mineração e a exploração madeireira também contribuíram para a degradação da cobertura vegetal original.
De 2005 a 2008, os estados que mais desmataram foram Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia, responsáveis por mais de 80% do total de desmatamento ocorrido no período.
Em 2006, o MMA indicou 880 áreas prioritárias para conservação distribuídas em 429 mil km2 de Mata Atlântica. Desse total, 522 são áreas novas e 358 já possuem algum tipo de proteção.
Corredor Ecológico - O conceito de corredor ecológico ou corredor de biodiversidade se refere a extensões significativas de ecossistemas nos quais ocorre o fluxo de indivíduos e genes entre áreas remanescentes de ecossistemas, unidades de conservação e áreas protegidas. Aumentam, assim, a probabilidade de sobrevivência das diferentes espécies que neles habita, e asseguram a manutenção de processos evolutivos em larga escala.
O Corredor Central da Mata Atlântica, localizado nos estados da Bahia e Espírito Santo ao longo da costa atlântica, estende-se por mais de 1.200 km no sentido norte-sul, e foi implementado desde março de 2002. O corredor agrega ecossistemas aquáticos de água doce e marinhos (dentro da plataforma continental).
O projeto conta com a assistência técnica da Cooperação Brasil-Alemanha (GTZ) e com investimentos do banco alemão KFW e da União Europeia. Também atuam em projetos de conservação da região a Fundação SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional, WWF, Mater Natura e outras entidades não-governamentais.
Outra grande área de preservação dentro dos limites da Mata Atlântica é o Corredor da Serra do Mar, que cobre cerca de 12,6 milhões de hectares, do Paraná ao Rio de Janeiro, englobando as serras do Mar e da Mantiqueira.
Bom exemplo - Quando adquiriu a Fazenda Bulcão, em Aimorés (MG), o fotógrafo Sebastião Salgado encontrou uma propriedade quase totalmente formada por pasto degradado. Com o processo de recuperação da área, realizado pelo Instituto Terra, o local foi transformado em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), e a fazenda foi tornou-se a primeira RPPN recuperada de área degradada na Mata Atlântica.
Nela já foram plantadas mais de 1 milhão de mudas nativas desde 1999. Como resultado, o fluxo de água da região ficou mais homogêneo ao longo do ano, e foram cadastradas sete nascentes que ainda não haviam sido identificadas no Córrego do Bulcão, que passa dentro da propriedade. O local funciona também como corredor ecológico e referência de envolvimento social na preservação da Mata Atlântica.
Definição e abrangência - A Mata Atlântica é composta por um conjunto de formações florestais, campos naturais, restingas, manguezais e outros tipos de vegetação que são considerados ecossistemas associados e compõem diferentes paisagens. Essas formações cobriam originalmente total ou parcialmente 17 estados brasileiros e abrangiam uma área de aproximadamente 1,3 milhão de quilômetros quadrados.

domingo, 24 de outubro de 2010

A maior fábrica de energia solar do mundo

A maior fábrica de energia solar do mundo inaugurada no início do mês demonstra que os investimentos em energias renováveis estão a todo vapor.
São quase 90 acres de área dedicadas a coleta de energia solar capazes de produzir até 80 megawatts de eletricidade. E a fábrica não fica em uma área deserta ou remota do mundo, e sim numa região rural próxima a cidade de Ontário no Canadá.
Terminada no fim do último mês pela Sarnia, a fábrica utiliza painéis solares finos da First Solar que necessitam de menos carbono na sua fabricação.
Com capacidade de produção anual prevista para 120,000 MWh por ano será possível segundo a empresa satisfazer as necessidades energéticas de cerca de 12.800 casas.
Instalações dessa magnitude nos fazem pensar no impacto da construção dessas fábricas, uma vez que grandes áreas verdes estão sendo substituídas.
O mais interessante é que a empresa dona do projeto é a Enbridge Inc. uma companhia de energia que tem como principal produto o petróleo. A companhia esteve recentemente envolvida em um grande vazamento em Michigan nos Estados Unidos. Será que estamos vendo uma migração dos investimentos para opções mais seguras e renováveis.